Nos últimos anos, a Realidade Virtual surgiu como uma ferramenta inovadora e transformadora em vários campos, e o setor da saúde não é exceção. Assim, esta tecnologia de ponta está a redefinir a forma como os profissionais de saúde são formados e treinados.
A capacidade de criar ambientes imersivos e simulações precisas permite que cirurgiões, médicos, enfermeiros, psiquiatras e outros perfis profissionais adquiram habilidades e experiência sem colocar em risco pacientes reais.
RV para a formação de estudantes e profissionais
Quando pensamos na formação de um profissional de saúde, visualizamos livros didáticos, vídeos e tempo de assistência durante as horas práticas, mas a questão é se isso é suficiente. Como diz Thomas C. Murray, diretor de Inovação da Future Ready Schools, um projeto da Alliance for Excellent Education nos Estados Unidos, “estamos a utilizar ferramentas do século XXI num ambiente de aprendizagem do século XX”.

A capacidade da Realidade Virtual de criar ambientes imersivos e simulações precisas permite adquirir habilidades e experiência sem colocar em risco pacientes reais e facilita que as teorias e os conceitos aprendidos se traduzam na obtenção de experiências clínicas. Portanto, a RV não substitui o papel do professor, mas sim o complementa.
É importante ter em conta que estas formações não se destinam apenas a alunos, mas também a profissionais que procuram renovar-se e adquirir novos conhecimentos com a ajuda das novas tecnologias. Portanto, a Realidade Virtual, por sua vez, proporciona essa reciclagem de que os profissionais necessitam.
Gestão de emergências sanitárias com Realidade Virtual
Até alguns anos atrás, a única forma de obter prática na gestão de emergências sanitárias era a recriação desse tipo de situação. Embora essa solução cubra as necessidades básicas, ela também tem certas limitações, pois não permite experimentar as diferentes emoções que essas situações geram, como a pressão real ou as consequências de uma má prática.
Hoje, graças à Realidade Virtual, tanto os estudantes como as equipas responsáveis pela resposta a emergências sanitárias podem ver, ouvir, sentir e interagir em tempo real, expondo-se a situações de alta pressão em que cada segundo conta.

Esta formação também reduz consideravelmente o dinheiro investido em formações. Como prova disso, o Centro Nacional de Informação Biotecnológica (NCBI) realizou um estudo no qual foram realizadas duas sessões de formação em evacuação hospitalar, uma utilizando Realidade Virtual e outra utilizando um exercício de simulação de desastre ao vivo com manequins. O custo por participante acabou por ser de 230 dólares com Realidade Virtual, enquanto que com o exercício ao vivo foi de 327 dólares.
RV para preparação em primeiros socorros
Responder a uma parada cardíaca, uma hemorragia ou uma asfixia são técnicas básicas de primeiros socorros que paralisam a população em geral.
Graças à Realidade Virtual, é possível praticar e treinar em um ambiente livre de estresse e sem consequências reais, o que prepara os usuários para situações de emergência inesperadas na vida real.

Além disso, esta tecnologia torna possível virtualizar diferentes cenários que colocam os utilizadores à prova. Por exemplo, ao realizar uma RCP, é necessário ter em conta que as vias respiratórias de uma criança são mais frágeis do que as de um adulto ou conhecer as técnicas a realizar com uma mulher grávida para não danificar o feto.
Virtual Reality in soft skills practice
A interação com pacientes virtuais permite melhorar as habilidades de comunicação do pessoal de saúde e a relação tanto com os pacientes como com seus acompanhantes.

Isso é especialmente útil para lidar com situações difíceis, como dar más notícias, ou para poder gerenciar de forma otimizada o tratamento com pacientes agressivos, nervosos ou irritados.
Procedimentos cirúrgicos com Realidade Virtual
A Realidade Virtual permite aos cirurgiões praticar procedimentos cirúrgicos num ambiente virtual. Estas simulações podem replicar diversas situações e complicações que podem surgir durante uma cirurgia real, proporcionando uma experiência de aprendizagem rica e variada.

Desta forma, não só se melhoram as competências técnicas dos cirurgiões, como também se consegue que estejam melhor preparados para enfrentar situações inesperadas numa sala de operações.
Em conclusão, a Realidade Virtual está a revolucionar o campo da formação em saúde de maneiras antes impensáveis. Desde a simulação de procedimentos cirúrgicos e a melhoria das habilidades de comunicação até a formação de médicos, enfermeiros ou auxiliares de enfermagem, esta tecnologia oferece soluções inovadoras e eficazes.
Por outro lado, graças à sua capacidade de replicar situações clínicas e emergências sanitárias de forma segura e eficiente, a Realidade Virtual surge como um componente essencial no futuro da formação e dos cuidados de saúde, otimizando recursos e melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Na Innovae | VRFP, já dispomos de vários simuladores de Realidade Virtual concebidos especificamente para a formação em saúde. Entre outros, dispomos de conteúdos orientados para a formação em Assistente de Enfermagem e Cuidados Socio-sanitários, em procedimentos para a realização correta de radiografias, TACs e ressonâncias magnéticas, bem como em higiene oral e emergências sanitárias.
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